terça-feira, fevereiro 25, 2014

Taxi Driver

E Marcelo desceu ao Coliseu. Para além de desembarretar a carapuça do "catavento de opiniões erráticas", o "desvio" do Táxi do Professor para o Congresso do PSD acabou por o confirmar com possível, se não provável, candidato presidencial em 2016. A fazer lembrar a rodagem do Citroen de Cavaco, Marcelo conseguiu levantar o Coliseu, dar uma no cravo, outra na ferradura e ao mesmo tempo marcar a bandeirada para a corrida a Belém. Que o digam Santana ou Durão ou um candidato tipo Nobre que ainda esteja num bolso esconso de Passos. Marcelo foi lá dizer que "cá dentro ou lá fora" ainda tem mãos para um verde e preto e que, bandeiradas à parte, o taxímetro está a contar... Mas é claro que nem só de Marcelo viveu o Congresso. Ao jeito dos antigos Congressos - antes de serem esvaziados pelas directas - a 35ª reunião magna social-democrata foi rica no clique-e-claque típico do PSD, serviu para malhar em Seguro e piscar o olho a Costa, marcar o ritmo e o discurso para o pós-Troika e lançar as Europeias. Um Congresso que foi o oposto do vazio que anunciava. Foi o Congresso do Partido que os portugueses democraticamente escolheram para liderar o país que a esquerda levou ao limiar da bancarrota.